Brasil

PF processa Bolsonaro por venda de joias

Inquérito concluído e levado ao Supremo na tarde desta quinta-feira (4)
A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no âmbito de uma investigação sobre a venda de joias sauditas submetidas ao governo brasileiro e posteriormente comercializadas nos Estados Unidos.
Bolsonaro foi acusado de gangues criminosas, lavagem de dinheiro e apropriação indébita de bens públicos. Os advogados de defesa do ex-presidente disseram que ainda não foram informados sobre a investigação.
Além de Bolsonaro, a RPF indiciou outras 11 pessoas.
A investigação, iniciada no início do ano passado, foi concluída na tarde desta quinta-feira (4) e levada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A RPF deverá agora reportar a investigação ao ministro Alexandre de Morais, relator do tribunal para as investigações. Moraes pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que comentasse o caso.

No final de maio, a CNN revelou que, entre outras investigações envolvendo Bolsonaro, a principal prioridade da Frente Patriótica era a investigação sobre joias, que, de fato, estava prevista para ser concluída em julho.
A equipe da PF viajou por duas semanas aos Estados Unidos e voltou com os elementos que faltavam para concluir a investigação da joalheria. A força policial recebeu cooperação internacional do FBI.

Depois de visitar quatro cidades norte-americanas, os agentes coletaram evidências como imagens de câmeras de segurança de lojas, como bolsas de relógios.

A PF também busca elementos de uma “operação de resgate” de que a entidade teria recomprado um relógio que foi vendido após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). Documentos como contas, faturas e fotografias também foram apreendidos mediante autorização das autoridades norte-americanas.

A CNN procurou defender Bolsonaro, Wajngarten, os alemães ocidentais, Albuquerque e Vassev e aguarda feedback.

O filho do ex-presidente, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), usou as redes sociais para divulgar o indiciamento contra o pai.

“A perseguição ao Bolsonaro é aberta e sem vergonha! Alguém recebeu um presente e a Comissão do Serviço Público decidiu que era seu. Uma equipe da PF escolhida a dedo será encarregada de processar essa pessoa”, escreveu o senador no X (antigo Twitter).