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Expedição revela: Antártida derretendo e Brasil enfrenta diversas consequências!

Onde antes havia apenas a brancura da neve e do gelo, agora se observa o verde dos musgos e gramíneas. Em busca de temperaturas mais frias, peixes e pinguins estão se movendo para o sul. E até mesmo a chuva, que há pouco tempo era inimaginável nessa região do mundo, começou a aparecer. Esses são apenas alguns indícios de que a temperatura está subindo em áreas da Antártida, e de forma rápida.

“O que mais me impressiona é o recuo das geleiras, e na frente delas há cada vez menos neve, enquanto o solo é ocupado por novos organismos”, afirma Jefferson Cardia Simões, do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Isso se destaca, pois são mudanças visíveis a olho nu.” Simões, que leciona Geografia Polar, visita a Antártida regularmente desde 1990, acumulando um total de 27 expedições científicas.

A mais recente, liderada por ele, ocorreu entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, e já é considerada a maior circunavegação polar realizada até agora. A equipe, composta por 61 pesquisadores de sete países, percorreu 29 mil quilômetros, o que equivale a mais de cinco vezes a distância entre Oiapoque, no Amapá, e Chuí, no Rio Grande do Sul.